Seu melhor amigo é um passarinho amarelinho muito fofo que atende pelo nome de Woodstock. E apesar dos seus mais de 70 anos, Snoopy, o famoso personagem das histórias em quadrinhos ainda tem muita coisa para contar! Esse beagle, muito esperto e sonhador, ganhou fãs ao redor do mundo e segue até hoje sendo muito adorado por adultos e crianças.
A tirinha “Peanuts” (traduzida no Brasil como “Minduim”) teve sua primeira publicação em 2 de outubro de 1950. O nome de Snoopy é uma mistura dos dois cachorros que seu criador, o cartunista norte-americano Charles M. Schulz (1922-2000) teve na infância, “Spike” e “Snooky”. Mas ele quase se chamou “Sniffy”, porém já existia outro personagem com este mesmo nome.
Um fato curioso é que Snoopy ainda não existia nos primeiros episódios, aparecendo posteriormente como um filhote de cachorro adotado por Charlie Brown, um dos personagens principais da tira, que depois passa a ser um contraponto do cãozinho.
Nos primeiros dois anos de vida, ele se comportou como um cachorro comum, andando sobre quatro patas, sem falas. Em 19 de outubro de 1952 ele falou pela primeira vez, por meio de balões de pensamento, e nunca mais parou. Aos poucos, ele passou a caminhar em duas patas e a habitar o universo onírico, no qual assume distintas personalidades, contrapondo-se ao seu proprietário, Charlie Brown, um irremediável integrante do mundo real.
O personagem foi desenhado até 2000, quando Schulz anunciou sua aposentadoria e morreu no mesmo ano. No início de 2010, Snoopy foi eleito o cachorro mais famoso do mundo pelo American Kennel Club, em uma votação para comemorar os 125 anos da instituição.
Schulz criou todo o universo de Snoopy e Charlie Brown sozinho – ou seja, ele escrevia, desenhava e pintava cada uma das tirinhas. Em 50 anos, foram 17.897 quadrinhos criados pelo ilustrador. Até o ano de 2000, a tirinha era publicada em 2600 jornais pelo mundo.
Aventuras e Desventuras do Snoopy
As histórias giram em torno de Snoopy e Charlie Brown, além de personagens carismáticos como o pequeno pássaro amarelo Woodstock, Lucy, Sally, Linus e seu cobertor de segurança, Patty Pimentinha e Schroeder.
Snoopy tem uma estranha mania de dormir no telhado de sua casa, local em que alimenta sonhos extraordinários, que dão origem a episódios altamente criativos, nos quais ele assume as mais variadas personas. Ele se passa por um aviador que combateu na Primeira Guerra Mundial a um escritor frustrado, mas persistente, passando por Joe Cool, que se transforma ao se oculta por trás de um óculos de sol, em uma atitude zen e displicente.
Já Charlie Brown responde pela essência filosófica da história, que já inspirou diversas pesquisas acadêmicas, até mesmo uma tese do italiano Umberto Eco. Isto porque Schulz transmite, por meio de crianças, debates, questões e aflições do universo adulto. Alguns vêem nestas tiras um viés até mesmo terapêutico.
Snoopy odeia qualquer coisa com coco e biscoitos, tem claustrofobia, e tem um medo mortal dos pedaços de gelo que balançam em cima de sua casa durante o inverno. Sua casa é muito maior por dentro do que parece por fora (o sótão é suficientemente grande para ter uma piscina, quadros e uma TV). O sucesso foi tão grande que a história passou dos jornais para a televisão, tornando-se, em 1965, um desenho animado. Snoopy e Charlie Brown (The Peanuts Movie), uma animação digital em 3D, chegou aos cinemas no final de 2015, mostrando os personagens para uma nova geração de expectadores.
Fontes:
InfoEscola: https://www.infoescola.com/desenho/snoopy/
Wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Snoopy
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