A raiva é uma doença muito preocupante, tanto para os nossos animais de estimação quanto para os próprios humanos. Altamente contagiosa e letal, é uma doença que não tem cura e leva o animal infectado ao óbito geralmente em 100% dos casos. A única prevenção para a raiva canina é a vacinação. Infelizmente, há tutores que deixam de vacinar os seus cães puramente por falta de informação sobre a importância deste ato, não apenas para conter a raiva, mas para evitar outras doenças que podem acometer os nossos pets.
Durante o mês de agosto, o Ministério da Saúde costuma realizar campanhas de vacinação contra a raiva em todo o Brasil. O mês é conhecido como o mês do cachorro louco e uma das justificativas para receber esse título seria o fato de que as condições climáticas favorecem o cio das cadelas, fazendo com que um número maior de machos fiquem loucos e lutem entre si para conquistar as fêmeas. Se esse comportamento dos cães faz realmente as chances do contágio da raiva aumentar, não podemos afirmar com absoluta certeza. Mas, o mais importante é ter ciência de que a contaminação pelo vírus que causa a raiva, Lyssavirus, pode ocorrer em qualquer mês do ano.
O que é a RAIVA
A raiva é a principal e mais grave zoonose que existe no mundo, isso significa que ela é transmitida dos animais para os humanos. Trata-se de uma doença infecciosa sem cura que atinge o cérebro do animal e sua medula espinhal. Todos os mamíferos estão suscetíveis a pegar a doença.
O vírus da raiva entra no corpo por meio da pele, normalmente quando a pessoa ou animal é mordido por animais contaminados.
É uma doença que pode ser evitada e talvez tratada com alguma chance de sucesso, quando identificada em seu início. Entretanto, quando os sintomas da raiva realmente aparecem, não existe mais tratamento, pois ela se torna fatal. Mais de 60 mil pessoas morrem de raiva no mundo todo de acordo com CDC (Centers for Disease Control and Prevention) e, embora a doença seja mais comum em cães, também pode acometer os gatos.
Como a raiva pode ser transmitida
Alguns animais selvagens, como gambás, raposas, guaxinins e morcegos são os principais transmissores do vírus da raiva para os animais domésticos. Qualquer animal de sangue quente infectado pode passar o vírus para outro por meio de sua saliva quando da mordida. Feridas abertas também podem ser pontos focais para a contaminação. No caso dos humanos, o vírus também entra na pele por meio da mordida de um animal infectado.
Sintomas da raiva em cães
Você deve ficar atento e procurar um médico veterinário, se o seu cachorro tiver sido mordido por um animal desconhecido, seja ele um cão, gato ou mesmo um animal selvagem. Uma característica inicial e marcante dos animais infectados pelo vírus da raiva é a mudança de comportamento: cães alegres e amistosos podem se tornar agressivos. Outros sintomas da raiva canina podem incluir:
– Irritação e inquietude;
– Desinteresse;
– Prostração;
– Febre;
– Baba excessiva;
– Convulsões
– Paralisia
– Alucinações
A doença causa uma alta sensibilidade à luz, som e movimentos, e o cachorro pode procurar por lugares mais escuros e silenciosos para se esconder. A baba excessiva ou o “espumar pela boca” é um dos sintomas mais relatados da doença. E, infelizmente, é um sinal de que a doença está progredindo dentro do corpo do animal. O estágio final da raiva gera paralisia e convulsões e o cão não consegue controlar os seus músculos. A respiração se torna difícil ou inexistente, levando o animal ao óbito.
Os sintomas da raiva costumam se desenvolver entre 21 a 80 dias após a exposição ao vírus, mas esse tempo pode variar, pois o vírus pode ficar dentro do corpo do cão por semanas antes que os sintomas apareçam. Quando os sintomas surgem, o tratamento se torna inviável.
Prevenção e tratamento da raiva
Infelizmente, não existe um tratamento para a raiva. Caso o cachorro apresente os sintomas da doença e o veterinário suspeite de raiva, ele precisará avisar as autoridades reguladoras locais, por se tratar de uma zoonose. E, provavelmente, ele indicará a eutanásia para o animal, pois ele pode transmitir o vírus para outros animais ou humanos.
Quando existe a suspeita de raiva logo após a mordida, o médico veterinário pode aplicar um reforço da vacinação antirrábica, que pode ajudar a diminuir a chance do cão contrair o vírus.
A melhor prevenção segue sendo a VACINAÇÃO dentro dos prazos estipulados por seu médico veterinário! No Brasil, é obrigatório que os animais de estimação sejam vacinados contra a raiva.
– Filhotes, ao completar 4 meses de vida, devem ser vacinados e, depois, repetir a dose anualmente.
– Adultos ou idosos adotados com histórico de vacinação desconhecido devem ser vacinados imediatamente e, depois, seguir o calendário anual.
É importante vacinar os seus animais de estimação com médicos veterinários para garantir a qualidade e a procedência da vacina.
E, lembre-se: a vacina é 100% eficiente, portanto, esteja sempre atento ao calendário de vacinação do seu pet.
Fontes:
https://pets.webmd.com/dogs/rabies-dogs#1
https://www.hillspet.com/dog-care/healthcare/dog-rabies-symptoms-and-vaccines
Importante: Este conteúdo é exclusivamente informativo e não substitui a necessidade de consultar um médico veterinário sempre que o seu animalzinho de estimação apresentar comportamento ou sinais anormais ao dia a dia.
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