Tudo o que você precisa saber sobre a Leishmaniose Canina
A Leishmaniose Canina é mais uma enfermidade que preocupa tutores por todo o Brasil. Classificada entre as seis endemias prioritárias no mundo – segundo o Ministério da Saúde – acomete principalmente cães, gatos e humanos, a Leishmaniose ainda é desconhecida por muitas pessoas.
Os números da doença revelam o impacto dela no Brasil: 90% dos casos da Leishmaniose Visceral Canina na América Latina acontecem no Brasil. Entre o ano de 2003 e 2018, 51 mil casos foram confirmados em humanos. Os dados indicam um avanço da doença, assim como um aumento na taxa de mortalidade de cachorros e humanos.
Existe meios para prevenir a doença atualmente e é importante que os tutores reconheçam os sintomas e conheçam as causas. Então, saiba tudo aqui, em nosso post e fique atento!
O que é a Leishmaniose?
A Leishmaniose é uma doença infectocontagiosa e zoonótica, ou seja, pode ser transmitida do animal para o homem, mas de forma indireta: pela picada do mosquito já infectado. Em cães, ela é conhecida como Leishmaniose Visceral Canina. É causada pelo protozoário Leishmania spp.
E como ocorre? O vetor, que é o mosquito palha (também conhecido por birigui), pica um animal infectado e ingere a leishmania em sua forma amastigotas. Dentro do intestino do vetor, as amastigotas se transformam em promastigotas, que são as formas infectantes. E essa nova forma infecta humanos e outros animais, quando picados pelo mosquito.
Muitos pessoas acreditam que há riscos de pegar a doença diretamente dos cães infectados, o que não é verdade! Nada que o cão faça, como lamber ou mesmo o contato físico, pode passar leishmaniose para humanos. O principal fator para ocorrer a transmissão da infecção é ser picado por um inseto infectado (mosquito).
Sintomas e diagnóstico
A Leishmaniose pode ficar incubada de 3 meses a 6 anos e cerca de 60% dos animais infectados não apresentam nenhum sintoma.
Dentre os sintomas mais comuns da doença estão: problemas de pele (úlceras, nódulos e descamação), pelos fracos (quebradiços) e despigmentação, febre, fraqueza e atrofia muscular, emagrecimento pela falta de apetite, anorexia, vômito, diarreia, sangramentos, lesões oculares e crescimento atípico das unhas. Nas formas mais graves, a Leishmaniose pode acarretar anemia e outras doenças imunes.
A primeira coisa a fazer é levar o seu peludo ao médico veterinário e solicitar um exame específico para diagnóstico da leishmaniose. A confirmação da doença pode ser feita por meio de exame de sangue, que aponte aumento das enzimas hepáticas ou anemia; ou ainda por exame citológico, feito a partir de pequenas amostras de tecidos, como a medula óssea, o baço e o fígado. Se o resultado for negativo, devemos partir imediatamente para a prevenção. Se for positivo, o tratamento deve ser iniciado e mantido para o resto da vida.
Tratamento da Leishmaniose
No Brasil, a determinação dos ministérios da Saúde e da Agricultura é que os animais infectados sejam sacrificados. A Leishmaniose não tem cura, mas pode ser controlada com medicações veterinárias de uso oral. Essas medicações ajudam a diminuir a quantidade de parasitas circulando no organismo e minimizam os sintomas da doença, o que melhora a qualidade de vida do cão. Uma vez diagnosticado, ainda que o seu cão esteja sendo medicado, ele deverá ter acompanhamento de um médico veterinário regularmente.
Como prevenir
No Brasil, existe atualmente no mercado uma vacina contra a Leishmaniose Visceral Canina, que confere proteção superior a 92% e já protegeu mais de 70.000 cães em todo o país.
A vacina é recomendada para cães a partir de 4 meses de idade, clinicamente sadios e que não estejam já infectados. A vacinação dos cachorros é uma obrigação de todos os tutores e muito importante na luta contra a leishmaniose. Repelentes contra mosquitos também são armas que podem ser utilizadas para manter os insetos afastados.
Fontes:
https://tudosobrecachorros.com.br/leishmaniose-canina/#ixzz5bqQjsWvf
Comportamento Animal – Estado de S. Paulo
Importante: Este conteúdo é exclusivamente informativo e não substitui a necessidade de consultar um médico veterinário sempre que o seu animalzinho de estimação apresentar comportamento ou sinais anormais ao dia a dia.
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